Descongestionantes Nasais: Quais os riscos à saúde?

Vendidos livremente em farmácias, os descongestionantes nasais podem causar uma série de graves problemas de saúde, além de dependência.

Descongestionantes Nasais

Os descongestionantes nasais, tão comuns para aliviar a congestão nasal, são um assunto delicado devido aos perigos associados ao seu uso indiscriminado. Pouca gente sabe, mas esses pequenos frascos vendidos sem receita em farmácias representam perigos reais para a saúde. O vício nesses medicamentos pode acarretar problemas em outros órgãos do corpo, indo além da simples dependência química. Relatos indicam que o uso excessivo pode desencadear taquicardia, hipertensão e até arritmia cardíaca, podendo, em casos extremos, resultar em morte. Por isso, vale a pena conhecer mais sobre o perigo por trás do uso indevido de descongestionantes nasais.

Ficar com o nariz entupido é muito desconfortável. Especialmente na hora de dormir. Infelizmente, essa sensação é bastante comum para pessoas que possuem rinite ou quadros de sinusite. A congestão nasal é uma resposta do organismo a diversas condições, como inflamações, infecções e questões anatômicas. O sintoma do nariz entupido ainda é comum em climas frios e secos, levando muitos a recorrerem aos descongestionantes nasais em busca de alívio imediato.

No entanto, mesmo sendo amplamente conhecidos, seu uso prolongado pode ter sérias consequências para a saúde. O alívio imediato causado por eles, acentua a dependência e pode expor o organismo a doses excessivas, criando complicações graves e potencialmente fatais. Em outras palavras, a pessoa vai usando doses cada vez maiores e com mais frequência, pois acha que sem a ajuda do medicamento “não consegue respirar”.

Isso não é verdade. Os descongestionantes nasais realmente atuam para aliviar a congestão nasal, permitindo uma respiração mais fácil ao reduzir o inchaço e a inflamação das passagens nasais. Eles funcionam principalmente por meio de substâncias vasoconstritoras, que contraem os vasos sanguíneos no revestimento do nariz. Quando aplicados, esses medicamentos diminuem o inchaço dos tecidos nasais, o que resulta na abertura das passagens de ar. Isso reduz temporariamente a obstrução nasal, permitindo que a pessoa respire mais livremente.

O imediatismo do efeito desses medicamentos é um dos fatores que contribui para o desenvolvimento da dependência. Ao aplicar o produto no nariz, a melhora na respiração é rápida, incentivando um uso contínuo e exacerbado.

No entanto, os descongestionantes nasais não tratam a raíz do problema. Sem solucionar a causa, a pessoa continuará experimentando o sintoma de nariz entupido e usando mais e mais medicamentos. Seu uso prolongado pode levar à rinite medicamentosa, uma condição na qual o nariz pode ficar ainda mais congestionado após o efeito do medicamento passar, levando a uma dependência do medicamento para alívio contínuo.

As substâncias vasoconstritoras presentes nesses medicamentos, como a oximetazolina, fenilefrina ou pseudoefedrina, quando em excesso, podem acabar afetando outros órgãos que dependem da boa circulação, como o coração.

Como usar os descongestionantes nasais?

Antes de mais nada, é vital lembrar que essas substâncias são medicamentos, sendo assim, devem ser usados sob orientação médica. Jamais devemos usar qualquer tipo de remédio sem o conhecimento do médico. A dependência de descongestionantes nasais é um problema sério que ocupa lugar de destaque quando o assunto é o uso incorreto de medicamentos, conforme relatado pelo Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas de São Paulo.

A opção por esses medicamentos sem orientação do especialista pode levar à chamada “rinite medicamentosa”, um efeito rebote que piora a irritação no nariz. Com o tempo, o efeito do produto diminui e o nariz volta a ficar congestionado, criando uma dependência cada vez maior do medicamento para a respiração, podendo, em casos extremos, demandar intervenção cirúrgica para reverter o quadro.

Além disso, esses descongestionantes podem desencadear taquicardia, hipertensão e, em situações mais graves, até arritmias cardíacas, representando um risco especialmente para pessoas com histórico de problemas cardíacos ou hipertensão.

Apesar dos riscos, é possível reverter os efeitos do uso excessivo e da dependência desses medicamentos. Com a orientação do médico, é possível interromper o uso gradualmente, o que ajuda a diminuir a dependência. Em alguns casos, recomenda-se a diluição do descongestionante em soro fisiológico, permitindo a eliminação gradual do medicamento do organismo.

Para quem sofre com o nariz entupido existem alternativas menos perigosas, como o uso de soro fisiológico para obstruções nasais pontuais e a lavagem nasal, muito útil para aliviar o problema. É fundamental a busca por tratamentos adequados para casos crônicos, como desvios no septo, que devem ser avaliadas pelo otorrinolaringologista em busca de opções mais seguras e eficazes. Muitas vezes, um simples exame em consultório pode detectar o que causa o sintoma, indicando o melhor tratamento. O importante é que o paciente converse com o médico em busca de uma solução que trate a causa por trás do nariz entupido, assim ele não precisará mais apelar aos descongestionantes nasais.

Embora os descongestionantes nasais sejam ferramentas úteis para alívio imediato da congestão nasal, seu uso prolongado e excessivo apresenta riscos significativos à saúde. A conscientização sobre os perigos associados e a busca por alternativas naturais e tratamentos adequados são fundamentais para prevenir complicações decorrentes do uso indiscriminado desses medicamentos. Procure um otorrinolaringologista e só use medicamentos com prescrição médica.
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