Mononucleose: quais os sintomas e tratamento da doença do beijo?

Comum entre jovens e adolescentes, os casos de mononucleose costumam aumentar em épocas como o Carnaval. Entenda o motivo.

 

Beijar é mesmo uma delícia, ainda mais durante os bloquinhos de Carnaval. No entanto, até mesmo a folia pode trazer algumas complicações para nossa saúde. A paquera desenfreada pode acabar deixando um saldo negativo no final do feriado: a mononucleose.

  doença do beijo mononucleose  

A mononucleose infecciosa, comumente conhecida como “doença do beijo”, é uma infecção viral comum que pode afetar pessoas de todas as idades. No entanto, ela é frequentemente associada aos jovens e à época de carnaval, quando as pessoas estão mais propensas a compartilhar bebidas, alimentos e muitos beijos.

 

O vírus responsável pela doença é o Epstein-Barr, que é transmitido através da saliva infectada. Isso significa que ela pode ser facilmente passada através do beijo, mas também pode ser adquirida ao compartilhar utensílios pessoais, como talheres, copos e toalhas. Até mesmo o contato próximo com muitas pessoas pode ocasionar contaminação. Embora a doença possa afetar qualquer perfil, ela é mais comum em adolescentes e adultos jovens.

 

Para diagnosticar a mononucleose infecciosa, o médico pode solicitar um conjunto de exames que incluem exame de sangue para detectar a presença de anticorpos contra o vírus Epstein-Barr e um hemograma que pode revelar a presença de células anormais no sangue, como linfócitos atípicos, que são comuns em pessoas com mononucleose.

 

Além desses procedimentos, o profissional de saúde pode requisitar exames específicos, como um teste de função hepática, para avaliar a função do fígado, e ultrassonografia de abdômen, para checar o tamanho do baço, que pode estar aumentado.

 

Todos são exames relativamente simples e pouco invasivos.

 

Quais os sintomas da doença do beijo?

 

Os sinais da infecção podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem fadiga, febre, dor de garganta, aumento dos gânglios linfáticos e dor de cabeça. Além disso, algumas pessoas podem desenvolver uma erupção cutânea ou ter dificuldade para respirar devido ao inchaço das amígdalas.

 

Embora a mononucleose seja um quadro geralmente de curso benigno, algumas complicações podem surgir em casos mais graves. Entre os principais problemas causados pela infecção estão:

 

– Ruptura do baço: o aumento do baço que ocorre em algumas pessoas com mononucleose pode levar à ruptura do órgão, o que pode ser uma emergência médica. A condição é rara e pode causar dor abdominal intensa, tonturas, palidez, sudorese e pressão arterial baixa.

– Anemia hemolítica: em casos raros, a doença pode levar à destruição excessiva de glóbulos vermelhos, o que pode levar à anemia hemolítica.

– Comprometimento do sistema nervoso central: em alguns pacientes, a mononucleose pode causar inflamação no sistema nervoso central, que pode levar a sintomas como dor de cabeça, confusão mental, convulsões e paralisia.

– Comprometimento do fígado: em alguns casos, pode ocorrer inflamação no fígado, o que pode causar icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), dor abdominal e elevação das enzimas hepáticas.

 

Infecções secundárias: em pessoas com mononucleose, o sistema imunológico pode ficar enfraquecido, o que aumenta o risco de infecções secundárias, como pneumonia e infecções bacterianas.

 

Por isso, se você suspeitar que pode estar com mononucleose, é importante procurar atendimento médico imediatamente. Se você já foi diagnosticado com a doença, deve limitar o contato próximo com outras pessoas para evitar a transmissão do vírus. Além disso, é importante seguir as recomendações médicas e descansar o suficiente para ajudar no processo de recuperação.

 

Qual o tratamento para mononucleose?

 

Embora a mononucleose não tenha cura específica, a maioria das pessoas se recupera completamente em algumas semanas com repouso e cuidados em casa. Isso inclui beber bastante água, descansar o suficiente e tomar analgésicos de venda livre para aliviar a dor e a febre.

 

É importante evitar atividades físicas intensas ou estressantes, e tentar dormir o suficiente. Em casos graves, o médico pode prescrever medicamentos antivirais para ajudar a reduzir a duração dos sintomas.

 

A época de carnaval é um momento em que muitas pessoas se reúnem para celebrar e se divertir. No entanto, essa festividade pode aumentar o risco de contrair e transmitir doenças, incluindo a mononucleose. Durante o carnaval, as pessoas tendem a beber mais, compartilhar bebidas, alimentos e até mesmo beijar pessoas desconhecidas.

 

Para reduzir o risco de contrair e transmitir a mononucleose durante o carnaval, é importante seguir algumas precauções simples. Por exemplo, evite compartilhar bebidas e alimentos, utensílios pessoais e objetos de higiene pessoal, como escovas de dentes. Além disso, é importante lavar as mãos com frequência e evitar contato próximo com pessoas que estão doentes.

 

Caso você perceba qualquer um dos sintomas descritos, procure atendimento médico. O diagnóstico e tratamento da mononucleose são simples e seguindo as orientações médicas em poucos dias você está pronto para cair na folia de novo!

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