Dor de ouvido no verão? Conheça os sintomas e o tratamento das otites


Calor e umidade facilitam a proliferação de bactérias, que causam infecções dolorosas no ouvido externo, conhecidas como otites, e precisam de tratamento adequado.



otites


Durante o verão aumentam os casos de “dores de ouvido” após banhos de mar ou de piscinas, também conhecidas por otites. Elas causam intenso desconforto, dores fortes e – apesar de ocorrerem em todas as idades – são particularmente mais frequentes em crianças. Em geral, o problema é causado por bactérias presentes na água – ou que têm a água como meio propício para proliferação. Se não forem tratadas corretamente, as otites podem causar perda parcial e temporária da audição.


Toda inflamação no ouvido é uma otite. Será chamada de otite externa se acometer a região da orelha externa, revestida por pele e constituída pelo pavilhão auricular e o conduto auditivo externo que termina numa membrana chamada tímpano. Geralmente a otite começa com coceira no ouvido causado por trauma local (instrumentação por cotonetes, objetos ou  unhas). Também pode ser decorrente da umidade, que remove a camada lipídica de proteção e permite a entrada de bactérias. 

A doença inclusive recebe o nome de otite dos nadadores, pois é bastante comum em quem tem contato constante com a água. A água ajuda a remover a cera, que é uma proteção natural do ouvido. Por isso que não é recomendado o uso de cotonetes, pois eles podem tirar a barreira de proteção natural. Além disso, jamais devemos “cutucar” o ouvido com qualquer tipo de objeto, pois isso pode ferir o local, criando uma porta de entrada para infecções. 

Os sintomas principais são a dor (70%), coceira (60%), e a plenitude auricular ou “sensação de ouvido tampado (22%). Em alguns casos pode ocorrer secreção e a sensação de latejamento na região, o que é muito doloroso. A perda auditiva ocorre quando o canal acaba inchando e se fechando, o que causa um “abafamento” do som. Com o tratamento correto, os sintomas desaparecem.

No caso das crianças, é possível desconfiar de otite quando a criança coloca a mão várias vezes no ouvido, chora muito e fica mais irritada, por exemplo, sendo importante que o pediatra seja consultado para que seja feita uma avaliação do ouvido e possa ser iniciado o tratamento mais adequado.


As otites podem ser classificadas em três estágios, sendo eles o pré-inflamatório, o inflamatório agudo (com as formas leve, moderada e grave) e o inflamatório crônico. Nos casos mais graves há secreção, febre e dor intensa, inclusive ao mastigar. Diabéticos, idosos e imunossuprimidos estão mais propensos a desenvolver a otite externa grave ou episódios recorrentes. Nos casos de otite crônica o quadro inflamatório pode repetir-se várias vezes. A doença costuma voltar repetidas vezes, o que pode causar maiores problemas, principalmente em crianças. Nesses casos, é importante fazer um tratamento adequado e o acompanhamento com o médico, que irá receitar a melhor conduta, evitando prejuízos para os pequenos.



Prevenção e tratamento das otites


O diagnóstico da otite é feito pelo médico otorrinolaringologista em consultório. O tratamento da otite externa inclui o uso de analgésicos por via oral e de antibióticos ou antifúngicos em gotas, como medicação tópica. Devemos lembrar que a medicação deve ser usada com orientação médica. A automedicação é perigosa, pois pode piorar o quadro e agredir o ouvido.


A limpeza do conduto auditivo externo em consultório otorrinolaringológico é uma medida importante para que a medicação tópica entre em contato com os tecidos infeccionados. Durante o tratamento devem ser evitados banhos de mar ou piscina. Usar bolsa quente no local também ajuda a aliviar a dor. Quando a coceira for um sintoma persistente, a conduta indicada é aspirar a secreção retida, pois ela exerce uma pressão dolorosa sobre o tímpano.

Algumas medidas para evitar as otites externas são remover o cerume obstrutivo, usar protetores auriculares ao nadar e evitar trauma no conduto auditivo. Evite o uso de cotonetes e não introduza objetos no ouvido. Ao enxugar a orelha, seja cuidadoso, para evitar traumas. Cuidado com o uso excessivo de fones de ouvido, mantenha-os sempre limpos e jamais use qualquer medicação sem orientação médica. Ao menor sinal de dor, coceira ou perda de audição, procure um otorrino.

/Galeria de Imagens
  • Clínica Imong
  • Clínica Imong
  • Clínica Imong