Existem barulhos específicos que são extremamente irritantes pra você? Pode ser MISOFONIA ou HIPERACUSIA

As pessoas te chamam de louca, estressada, mau-humorada ou coisas parecidas? Caso o seu problema seja

misofonia

ou

hiperacusia

, explique a elas que você não tem controle absoluto das suas reações quando exposta a determinados tipos de som.

Entenda as diferenças entre os tipos de hipersensibilidade a sons e como tratá-las.



Clique de caneta, som de teclado, barulho de mastigação, respiração alta, ronco, salto alto no assoalho, latido de cachorro, mascar de chicletes… Todo mundo em algum momento já se irritou com algum desses barulhos.

Isso pode acontecer em momentos de estresse ou cansaço com qualquer pessoa, não é mesmo?

Sim, mas para alguns a hipersensibilidade a determinados tipos de som é incontrolável e ocorre a qualquer momento, independente do humor.

Há diversos tipos de intolerância a sons e geralmente elas estão associadas ao Zumbido. As mais comuns, que acometem pessoas de todo o mundo, são a HIPERACUSIA e a MISOFONIA. Apesar de provocarem reações muito semelhantes, cada uma das síndromes ocorre por motivos diferentes. Entenda melhor:

HIPERACUSIA: o que é?

A hiperacusia acomete pessoas que têm a audição normal, ou seja, não necessariamente têm perda auditiva, mas apresentam uma sensibilidade anormal a sons de intensidade baixa ou moderada – de 5 a 17 decibéis, por conta de uma alteração no processamento central dos sons. A reação é um desconforto incontrolável, irritação e, em alguns casos, dor.

Segundo especialistas, a prevalência de hiperacusia na população mundial é incerta, principalmente porque não há muitas pesquisas acerca da hipersensibilidade ao som em geral, já que este tipo de síndrome começou a ser discutida há aproximadamente duas décadas. Entretanto, é sabido que 25 a 40% dos pacientes com Zumbido apresentam a doença.

O diagnóstico e a avaliação da hiperacusia são feitos a partir do histórico do paciente, exames clínicos e testes específicos, como o teste do limiar do desconforto (UCL) ou Loudness Discomfort Level (LDL). A indicação é procurar um fonoaudiólogo.

Apesar de parecer lógico, o tratamento com uso de protetores auditivos é contraindicado, por poder inclusive agravar o problema. Combinar o treinamento auditivo e o uso de gerador de som é o protocolo para o tratamento de hiperacusia. Com o treinamento o paciente é orientado a se expor gradualmente aos sons aos quais tem intolerância e com o gerador de som o fonoaudiólogo controla essa exposição e acompanha a melhora.

MISOFONIA: o que é?

A misofonia, também chamada de Síndrome de Sensibilidade Seletiva do Som (SSSS ou S4), diferentemente da hiperacusia, não ocorre com qualquer tipo de som e não necessariamente com sons de baixa e moderada intensidades.

A misofonia está diretamente relacionada ao significado do som. Ou seja, uma pessoa pode apresentar hipersensibilidade a latidos de cachorros ao longe, mas não se irritar com música alta ou com o barulho de uma obra no vizinho.

Os sintomas da doença costumam a aparecer na infância (90%) e tendem a estabilizar ou a agravar. Sem tratamento e conhecimento da síndrome, a piora é gradativa e a pessoa fica propensa a acumular sons irritantes.

Infelizmente a misofonia não tem cura, mas há sim tratamento. Assim como a hiperacusia, o mais indicado é o treinamento auditivo. Pode-se indicar também a terapia cognitiva-condicional, que auxilia o paciente a aceitar a misofonia e a conviver com a condição da melhor maneira possível, sem afetar seus relacionamentos e a interação com o ambiente.

Nos dois casos, o ideal é procurar um médico ou fonoaudiólogo para o diagnóstico correto, avaliação e indicação de tratamento acompanhado pelo profissional capacitado.

O mais importante é saber que você não está louca, mau humorada ou mais propensa à raiva do que outras pessoas. Você tem uma condição especial de saúde e não está sozinho!

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