Novembro Laranja: A importância da prevenção e diagnóstico do zumbido
Neste mês, o Novembro Laranja, procura conscientizar sobre as causas e tratamentos disponíveis para zumbido, hiperacusia e misofonia. Condição que afeta muitas pessoas e pode impactar seriamente na qualidade de vida.
A Campanha Novembro Laranja, iniciada em 2006 pelo Instituto Ganz Sanchez, visa orientar a população sobre sintomas auditivos, promovendo uma compreensão mais abrangente e derrubando mitos, como a ideia de que “zumbido não tem cura”. Além do zumbido, outras condições auditivas como misofonia e hiperacusia também merecem atenção, e este artigo busca fornecer informações abrangentes sobre esses sintomas, suas causas e formas de tratamento, enaltecendo a importância em manter a saúde dos ouvidos em dia.
O zumbido, conhecido como Tinnitus, é uma condição auditiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar disso, é importante lembrar que ele não é a doença em si, mas sim um sintoma, caracterizado por uma percepção auditiva “fantasma”, que pode variar de chiados e apitos a cliques, impactando significativamente a qualidade de vida dos afetados. Um estudo recente publicado no JAMA Neurology, em agosto de 2022, revelou que o zumbido afeta mais de 740 milhões de pessoas globalmente, com aproximadamente 120 milhões relatando a forma grave do sintoma.
Muitas vezes ele está relacionado à perda auditiva, mas isso não é uma regra. Ele pode atingir todas as idades, sendo mais comum na fase adulta, principalmente na terceira idade. Seu diagnóstico é complexo, pois é algo percebido pelo paciente, mas que não é audível por outros, assumindo formas e intensidades diferentes para cada indivíduo. É como ter o barulho de uma panela de pressão, zunido de uma abelha ou apito constante dentro da cabeça. Isso, evidentemente, causa extremo desconforto e é um indicativo de que há algum desequilíbrio fisiológico, que pode ou não estar relacionado com a audição.
Por ser um sintoma complexo e não uma doença específica, o zumbido pode ter diversas causas e exige um diagnóstico que investigue diversas hipóteses. Excesso de cera, infecções constantes e lesões no ouvido são causas comuns, mas muitos fatores aparentemente não relacionados ao sistema auditivo, como desvios de coluna, alterações cardiovasculares, diabetes e disfunções da articulação da mandíbula, também podem desencadear o zumbido. Até mesmo hábitos do paciente, como tabagismo, uso de bebidas alcoólicas, falta de exercícios físicos e uso de medicamentos influenciam no problema. A avaliação inicial geralmente começa com exames audiológicos, mas a complexidade do zumbido exige uma abordagem interdisciplinar, que pode incluir exames de sangue e imagem. A audiometria, embora seja um exame inicial fundamental, não é suficiente para diagnosticar a condição. Ela é uma ferramenta crucial na detecção inicial do problema. Avaliando a capacidade auditiva do paciente, ela ajuda a identificar perdas auditivas e determinar o limiar auditivo em cada orelha. A acufenometria, imitanciometria, potenciais evocados auditivos e emissões otoacústicas são algumas opções entre os exames audiológicos que possibilitam um diagnóstico mais abrangente. Eles são procedimentos indolores, realizados pelo fonoaudiólogo e indicados de acordo com cada caso.
Misofonia e Hiperacusia
Diferentemente do zumbido, a misofonia e a hiperacusia apresentam características únicas. A misofonia, também conhecida como Síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons (4S), causa desconforto intenso ao ouvir sons repetitivos de baixo volume, desencadeando reações emocionais negativas. Já a hiperacusia envolve uma sensibilidade anormal a sons de intensidade baixa ou moderada, resultando em dor nos ouvidos e, frequentemente, associada ao zumbido. Em alguns casos, distúrbios psicológicos, como ansiedade e estresse, podem influenciar a manifestação dessas condições, tornando as reações emocionais mais intensas.
Os impactos vão além da audição. Dificuldades para dormir, falta de concentração, queda no desempenho escolar ou no trabalho, isolamento social, crises de ansiedade e depressão são algumas das consequências mais comuns. Estas condições afetam a qualidade de vida e demandam abordagens personalizadas de tratamento. Atualmente, o zumbido já é tratado pela comunidade médica em uma ordem de magnitude semelhante a outras condições de saúde significativas, como perda auditiva, enxaqueca e dores na região lombar e do pescoço.
Os tratamentos variam de acordo com a causa subjacente. Adaptação de próteses auditivas, treinamento auditivo com gerador sonoro, tratamento medicamentoso, entre outros, são opções indicadas dependendo da situação específica. O importante é reconhecer que há diversas abordagens para lidar com o zumbido e suas condições associadas. É crucial lembrar que o zumbido indica que algo está errado em nosso corpo e, por isso, merece uma investigação cuidadosa.
A prevenção também faz parte da luta contra o zumbido e envolve a adoção de práticas saudáveis e a minimização de fatores de risco. Entre os principais, estão: – Evitar exposição prolongada a ruídos intensos.
– Reduzir o uso de fones de ouvido em volumes elevados.
– Realizar exames auditivos regulares para monitorar a saúde dos ouvidos.
– Tratar adequadamente infecções no ouvido e outras condições auditivas.
– Manter condições médicas, como diabetes e hipertensão, sob controle, pois essas podem estar associadas ao zumbido.
– Adotar práticas de redução de estresse, como meditação, yoga e exercícios físicos regulares.
– Ter uma dieta balanceada, limitando o consumo de álcool, cafeína e tabaco.
– Evitar inserir objetos, como cotonetes, nos ouvidos, pois isso pode causar danos à orelha e contribuir com o problema.
– Consultar sempre um médico ao iniciar o uso de qualquer medicamento.
Ao adotar essas práticas preventivas, é possível reduzir o risco de desenvolver o zumbido no ouvido e promover a saúde auditiva a longo prazo.
A mensagem principal do Novembro Laranja é incentivar a busca por ajuda profissional diante de sintomas auditivos. A avaliação inicial, essencial para zumbido, misofonia e hiperacusia, inclui exames clínicos e auditivos. Sendo assim, é vital buscar ajuda de um médico especializado na avaliação e tratamento desses sintomas.
A informação é a chave para desmistificar concepções equivocadas e incentivar a busca por ajuda profissional. Com uma abordagem multidisciplinar e conscientização, é possível oferecer suporte eficaz e melhorar a qualidade de vida daqueles que convivem com esses sintomas auditivos complexos. Aproveite o Novembro Laranja para se informar e tomar medidas em relação à sua saúde auditiva com nossa equipe de médicos otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos.
A Campanha Novembro Laranja, iniciada em 2006 pelo Instituto Ganz Sanchez, visa orientar a população sobre sintomas auditivos, promovendo uma compreensão mais abrangente e derrubando mitos, como a ideia de que “zumbido não tem cura”. Além do zumbido, outras condições auditivas como misofonia e hiperacusia também merecem atenção, e este artigo busca fornecer informações abrangentes sobre esses sintomas, suas causas e formas de tratamento, enaltecendo a importância em manter a saúde dos ouvidos em dia.
O zumbido, conhecido como Tinnitus, é uma condição auditiva que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar disso, é importante lembrar que ele não é a doença em si, mas sim um sintoma, caracterizado por uma percepção auditiva “fantasma”, que pode variar de chiados e apitos a cliques, impactando significativamente a qualidade de vida dos afetados. Um estudo recente publicado no JAMA Neurology, em agosto de 2022, revelou que o zumbido afeta mais de 740 milhões de pessoas globalmente, com aproximadamente 120 milhões relatando a forma grave do sintoma.
Muitas vezes ele está relacionado à perda auditiva, mas isso não é uma regra. Ele pode atingir todas as idades, sendo mais comum na fase adulta, principalmente na terceira idade. Seu diagnóstico é complexo, pois é algo percebido pelo paciente, mas que não é audível por outros, assumindo formas e intensidades diferentes para cada indivíduo. É como ter o barulho de uma panela de pressão, zunido de uma abelha ou apito constante dentro da cabeça. Isso, evidentemente, causa extremo desconforto e é um indicativo de que há algum desequilíbrio fisiológico, que pode ou não estar relacionado com a audição.
Por ser um sintoma complexo e não uma doença específica, o zumbido pode ter diversas causas e exige um diagnóstico que investigue diversas hipóteses. Excesso de cera, infecções constantes e lesões no ouvido são causas comuns, mas muitos fatores aparentemente não relacionados ao sistema auditivo, como desvios de coluna, alterações cardiovasculares, diabetes e disfunções da articulação da mandíbula, também podem desencadear o zumbido. Até mesmo hábitos do paciente, como tabagismo, uso de bebidas alcoólicas, falta de exercícios físicos e uso de medicamentos influenciam no problema. A avaliação inicial geralmente começa com exames audiológicos, mas a complexidade do zumbido exige uma abordagem interdisciplinar, que pode incluir exames de sangue e imagem. A audiometria, embora seja um exame inicial fundamental, não é suficiente para diagnosticar a condição. Ela é uma ferramenta crucial na detecção inicial do problema. Avaliando a capacidade auditiva do paciente, ela ajuda a identificar perdas auditivas e determinar o limiar auditivo em cada orelha. A acufenometria, imitanciometria, potenciais evocados auditivos e emissões otoacústicas são algumas opções entre os exames audiológicos que possibilitam um diagnóstico mais abrangente. Eles são procedimentos indolores, realizados pelo fonoaudiólogo e indicados de acordo com cada caso.
Misofonia e Hiperacusia
Diferentemente do zumbido, a misofonia e a hiperacusia apresentam características únicas. A misofonia, também conhecida como Síndrome da Sensibilidade Seletiva a Sons (4S), causa desconforto intenso ao ouvir sons repetitivos de baixo volume, desencadeando reações emocionais negativas. Já a hiperacusia envolve uma sensibilidade anormal a sons de intensidade baixa ou moderada, resultando em dor nos ouvidos e, frequentemente, associada ao zumbido. Em alguns casos, distúrbios psicológicos, como ansiedade e estresse, podem influenciar a manifestação dessas condições, tornando as reações emocionais mais intensas.
Os impactos vão além da audição. Dificuldades para dormir, falta de concentração, queda no desempenho escolar ou no trabalho, isolamento social, crises de ansiedade e depressão são algumas das consequências mais comuns. Estas condições afetam a qualidade de vida e demandam abordagens personalizadas de tratamento. Atualmente, o zumbido já é tratado pela comunidade médica em uma ordem de magnitude semelhante a outras condições de saúde significativas, como perda auditiva, enxaqueca e dores na região lombar e do pescoço.
Os tratamentos variam de acordo com a causa subjacente. Adaptação de próteses auditivas, treinamento auditivo com gerador sonoro, tratamento medicamentoso, entre outros, são opções indicadas dependendo da situação específica. O importante é reconhecer que há diversas abordagens para lidar com o zumbido e suas condições associadas. É crucial lembrar que o zumbido indica que algo está errado em nosso corpo e, por isso, merece uma investigação cuidadosa.
A prevenção também faz parte da luta contra o zumbido e envolve a adoção de práticas saudáveis e a minimização de fatores de risco. Entre os principais, estão: – Evitar exposição prolongada a ruídos intensos.
– Reduzir o uso de fones de ouvido em volumes elevados.
– Realizar exames auditivos regulares para monitorar a saúde dos ouvidos.
– Tratar adequadamente infecções no ouvido e outras condições auditivas.
– Manter condições médicas, como diabetes e hipertensão, sob controle, pois essas podem estar associadas ao zumbido.
– Adotar práticas de redução de estresse, como meditação, yoga e exercícios físicos regulares.
– Ter uma dieta balanceada, limitando o consumo de álcool, cafeína e tabaco.
– Evitar inserir objetos, como cotonetes, nos ouvidos, pois isso pode causar danos à orelha e contribuir com o problema.
– Consultar sempre um médico ao iniciar o uso de qualquer medicamento.
Ao adotar essas práticas preventivas, é possível reduzir o risco de desenvolver o zumbido no ouvido e promover a saúde auditiva a longo prazo.
A mensagem principal do Novembro Laranja é incentivar a busca por ajuda profissional diante de sintomas auditivos. A avaliação inicial, essencial para zumbido, misofonia e hiperacusia, inclui exames clínicos e auditivos. Sendo assim, é vital buscar ajuda de um médico especializado na avaliação e tratamento desses sintomas.
A informação é a chave para desmistificar concepções equivocadas e incentivar a busca por ajuda profissional. Com uma abordagem multidisciplinar e conscientização, é possível oferecer suporte eficaz e melhorar a qualidade de vida daqueles que convivem com esses sintomas auditivos complexos. Aproveite o Novembro Laranja para se informar e tomar medidas em relação à sua saúde auditiva com nossa equipe de médicos otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos.