Zumbido e COVID: entenda a relação
Pouca gente sabe, mas já existem estudos que apontam a relação entre zumbido e COVID. Entenda mais como isso acontece e quais os tratamentos disponíveis para o problema.
A pandemia de COVID-19 não apenas redefiniu a paisagem da saúde global, mas também deixou marcas inesperadas, incluindo impactos significativos na saúde auditiva da população. Além dos sintomas clássicos associados ao vírus, como febre, tosse e falta de ar, crescentes evidências sugerem que o novo coronavírus pode estar relacionado a danos no sistema auditivo, manifestando-se, muitas vezes, na forma de zumbido no ouvido e perda auditiva.
Relatos de pacientes apresentando desde paralisia facial até zumbido destacam a ampla gama de efeitos que o vírus pode desencadear nesse sentido. As evidências são muitas. Estudos liderados por Konstantina Stankovic, da Universidade de Stanford, sugerem que a variante Ômicron pode estar associada a um aumento nos casos de perda auditiva.
Um estudo publicado no American Journal of Otolaryngology analisou 20 pacientes com COVID-19, sem histórico prévio de perda auditiva. Surpreendentemente, o grupo apresentou resultados de audiometria significativamente piores em comparação com aqueles que não contraíram o vírus. Esses achados sugerem que o coronavírus pode, de fato, estar associado a danos auditivos.
Outro relatório do Manchester Biomedical Research Centre (BRC) examinou 24 estudos sobre a relação entre COVID-19 e problemas auditivos. Os resultados indicam que 7,6% dos pacientes pesquisados relataram perda de audição após a infecção, 14,8% experimentaram zumbido e 7,2% apresentaram sintomas relacionados à vertigem. Essas conclusões consolidam a ideia de que o vírus pode afetar negativamente o sistema auditivo.
Além da perda auditiva, o zumbido no ouvido emergiu como uma queixa muito frequente na prática clínica entre pacientes que tiveram COVID-19. Ocorreu um aumento notável de pessoas que mencionam zumbido durante a pandemia. Tanto o agravamento do zumbido pré-existente quanto o surgimento de novos casos foram observados, inclusive em pacientes com resultados negativos para COVID-19 no momento da avaliação. Mas o que pode causar isso?
Qual a relação entre zumbido e COVID?
As possíveis causas para esse aumento nas queixas de zumbido são diversas e ainda não foram completamente mapeadas. Alterações metabólicas decorrentes das mudanças na rotina, como o trabalho em home office, uso excessivo de fones de ouvido, distúrbios do sono e tensão e até mesmo problemas posturais podem desencadear ou agravar o zumbido.
Além disso, a infecção pelo coronavírus e certos medicamentos utilizados no tratamento, como a hidroxicloroquina, associada ao metronidazol, ambos considerados ototóxicos, podem contribuir para as manifestações do zumbido.
A implementação de medidas de distanciamento social e restrições de movimento resultou em mudanças drásticas no estilo de vida. A redução das atividades físicas regulares contribuiu para ganho de peso e alterações nos hábitos alimentares, fatores que podem afetar a orelha interna, intensificando o zumbido.
Mudanças na pressão arterial, controle do açúcar e hormônios tireoidianos, quando descompensadas, podem agravar o zumbido, tornando o acompanhamento médico contínuo crucial.
Um estudo conduzido no Reino Unido, com o respaldo da British Tinnitus Association e da American Tinnitus Association, destaca a relação direta entre zumbido e COVID-19. Surpreendentemente, 40% dos pacientes que apresentaram sintomas de COVID-19 também relataram uma piora simultânea do zumbido. Ao mesmo tempo, análises de dados da empresa SEMrush revelam um aumento significativo nas pesquisas relacionadas a causas de zumbido no Google no pós-pandemia, indicando uma crescente preocupação e conscientização sobre esse sintoma.
Entendendo o zumbido
Também conhecido como tinnitus, o zumbido é uma percepção sonora sem a presença de uma fonte externa de som. É como ouvir um apito, chiado ou estalo constante, mesmo que exista silêncio total no ambiente. É o chamado “som fantasma”. Esse sintoma pode variar em intensidade e frequência e pode ser contínuo ou intermitente e provoca um grande impacto na qualidade de vida do paciente.
Os ruídos podem variar de agudos a graves, como assobios, chiados, zunidos ou outros sons e podem ser percebidos em um ou ambos os ouvidos. Aos poucos, isso acaba por interferir no sono, causando insônia, além de ansiedade, estresse, irritabilidade e desconforto emocional. Em alguns casos pode ocorrer tontura ou vertigem e a perda de audição ocorre em casos mais graves.
O zumbido pode ser causado por uma variedade de fatores, incluindo: exposição a ruídos altos, distúrbios cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes, distúrbios da tireóide, infecções de ouvido ou lesões na orelha. O acúmulo de cera no ouvido pode causar zumbido temporário, bem como o uso de determinadas medicações consideradas ototóxicas. Estresse e ansiedade, assim como um estilo de vida pouco saudável também podem causar o problema.
O tratamento do zumbido no ouvido depende da causa subjacente. É essencial uma avaliação médica, associada a audiometria, para identificar e tratar problemas de saúde e entender as causas por trás do zumbido, já que ele não é a doença em si, mas sim um sintoma de que algo não está bem no organismo.
Em casos de perda auditiva associada ao zumbido, aparelhos auditivos podem ser prescritos para melhorar a audição e reduzir a percepção do zumbido. A terapia sonora também costuma ser bastante eficaz e envolve a introdução de sons suaves para mascarar ou distrair o paciente do zumbido, ensinando o cérebro a conviver com o problema e melhorando a qualidade de vida.
É importante evitar a exposição a ruídos altos, reduzir o consumo de cafeína e álcool, e manter um estilo de vida saudável para minimizar o problema. Em alguns casos, a terapia comportamental pode ajudar a mudar as reações emocionais e cognitivas ao zumbido, promovendo uma melhor adaptação.
É crucial procurar a orientação de um profissional de saúde, como um otorrinolaringologista, para uma avaliação adequada e um plano de tratamento personalizado, pois o tratamento do zumbido no ouvido é altamente dependente da causa subjacente e das características individuais do paciente. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem desempenhar um papel crucial na prevenção de danos duradouros ao sistema auditivo.
A pandemia de COVID-19 reconfigurou nossos hábitos diários e teve repercussões significativas em nossa saúde física e mental. No entanto, em meio a essas mudanças, a saúde auditiva não pode ser negligenciada.
À medida que novas descobertas sobre o vírus e seus efeitos auditivos emergem, a pesquisa e a vigilância contínua são essenciais para uma compreensão completa dessa relação. A colaboração entre profissionais de saúde, pesquisadores e a conscientização da população desempenham um papel crucial na abordagem dos desafios auditivos associados à COVID-19.
Consulte um especialista e cuide da sua audição. Zumbido tem tratamento!
A pandemia de COVID-19 não apenas redefiniu a paisagem da saúde global, mas também deixou marcas inesperadas, incluindo impactos significativos na saúde auditiva da população. Além dos sintomas clássicos associados ao vírus, como febre, tosse e falta de ar, crescentes evidências sugerem que o novo coronavírus pode estar relacionado a danos no sistema auditivo, manifestando-se, muitas vezes, na forma de zumbido no ouvido e perda auditiva.
Relatos de pacientes apresentando desde paralisia facial até zumbido destacam a ampla gama de efeitos que o vírus pode desencadear nesse sentido. As evidências são muitas. Estudos liderados por Konstantina Stankovic, da Universidade de Stanford, sugerem que a variante Ômicron pode estar associada a um aumento nos casos de perda auditiva.
Um estudo publicado no American Journal of Otolaryngology analisou 20 pacientes com COVID-19, sem histórico prévio de perda auditiva. Surpreendentemente, o grupo apresentou resultados de audiometria significativamente piores em comparação com aqueles que não contraíram o vírus. Esses achados sugerem que o coronavírus pode, de fato, estar associado a danos auditivos.
Outro relatório do Manchester Biomedical Research Centre (BRC) examinou 24 estudos sobre a relação entre COVID-19 e problemas auditivos. Os resultados indicam que 7,6% dos pacientes pesquisados relataram perda de audição após a infecção, 14,8% experimentaram zumbido e 7,2% apresentaram sintomas relacionados à vertigem. Essas conclusões consolidam a ideia de que o vírus pode afetar negativamente o sistema auditivo.
Além da perda auditiva, o zumbido no ouvido emergiu como uma queixa muito frequente na prática clínica entre pacientes que tiveram COVID-19. Ocorreu um aumento notável de pessoas que mencionam zumbido durante a pandemia. Tanto o agravamento do zumbido pré-existente quanto o surgimento de novos casos foram observados, inclusive em pacientes com resultados negativos para COVID-19 no momento da avaliação. Mas o que pode causar isso?
Qual a relação entre zumbido e COVID?
As possíveis causas para esse aumento nas queixas de zumbido são diversas e ainda não foram completamente mapeadas. Alterações metabólicas decorrentes das mudanças na rotina, como o trabalho em home office, uso excessivo de fones de ouvido, distúrbios do sono e tensão e até mesmo problemas posturais podem desencadear ou agravar o zumbido.
Além disso, a infecção pelo coronavírus e certos medicamentos utilizados no tratamento, como a hidroxicloroquina, associada ao metronidazol, ambos considerados ototóxicos, podem contribuir para as manifestações do zumbido.
A implementação de medidas de distanciamento social e restrições de movimento resultou em mudanças drásticas no estilo de vida. A redução das atividades físicas regulares contribuiu para ganho de peso e alterações nos hábitos alimentares, fatores que podem afetar a orelha interna, intensificando o zumbido.
Mudanças na pressão arterial, controle do açúcar e hormônios tireoidianos, quando descompensadas, podem agravar o zumbido, tornando o acompanhamento médico contínuo crucial.
Um estudo conduzido no Reino Unido, com o respaldo da British Tinnitus Association e da American Tinnitus Association, destaca a relação direta entre zumbido e COVID-19. Surpreendentemente, 40% dos pacientes que apresentaram sintomas de COVID-19 também relataram uma piora simultânea do zumbido. Ao mesmo tempo, análises de dados da empresa SEMrush revelam um aumento significativo nas pesquisas relacionadas a causas de zumbido no Google no pós-pandemia, indicando uma crescente preocupação e conscientização sobre esse sintoma.
Entendendo o zumbido
Também conhecido como tinnitus, o zumbido é uma percepção sonora sem a presença de uma fonte externa de som. É como ouvir um apito, chiado ou estalo constante, mesmo que exista silêncio total no ambiente. É o chamado “som fantasma”. Esse sintoma pode variar em intensidade e frequência e pode ser contínuo ou intermitente e provoca um grande impacto na qualidade de vida do paciente.
Os ruídos podem variar de agudos a graves, como assobios, chiados, zunidos ou outros sons e podem ser percebidos em um ou ambos os ouvidos. Aos poucos, isso acaba por interferir no sono, causando insônia, além de ansiedade, estresse, irritabilidade e desconforto emocional. Em alguns casos pode ocorrer tontura ou vertigem e a perda de audição ocorre em casos mais graves.
O zumbido pode ser causado por uma variedade de fatores, incluindo: exposição a ruídos altos, distúrbios cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes, distúrbios da tireóide, infecções de ouvido ou lesões na orelha. O acúmulo de cera no ouvido pode causar zumbido temporário, bem como o uso de determinadas medicações consideradas ototóxicas. Estresse e ansiedade, assim como um estilo de vida pouco saudável também podem causar o problema.
O tratamento do zumbido no ouvido depende da causa subjacente. É essencial uma avaliação médica, associada a audiometria, para identificar e tratar problemas de saúde e entender as causas por trás do zumbido, já que ele não é a doença em si, mas sim um sintoma de que algo não está bem no organismo.
Em casos de perda auditiva associada ao zumbido, aparelhos auditivos podem ser prescritos para melhorar a audição e reduzir a percepção do zumbido. A terapia sonora também costuma ser bastante eficaz e envolve a introdução de sons suaves para mascarar ou distrair o paciente do zumbido, ensinando o cérebro a conviver com o problema e melhorando a qualidade de vida.
É importante evitar a exposição a ruídos altos, reduzir o consumo de cafeína e álcool, e manter um estilo de vida saudável para minimizar o problema. Em alguns casos, a terapia comportamental pode ajudar a mudar as reações emocionais e cognitivas ao zumbido, promovendo uma melhor adaptação.
É crucial procurar a orientação de um profissional de saúde, como um otorrinolaringologista, para uma avaliação adequada e um plano de tratamento personalizado, pois o tratamento do zumbido no ouvido é altamente dependente da causa subjacente e das características individuais do paciente. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem desempenhar um papel crucial na prevenção de danos duradouros ao sistema auditivo.
A pandemia de COVID-19 reconfigurou nossos hábitos diários e teve repercussões significativas em nossa saúde física e mental. No entanto, em meio a essas mudanças, a saúde auditiva não pode ser negligenciada.
À medida que novas descobertas sobre o vírus e seus efeitos auditivos emergem, a pesquisa e a vigilância contínua são essenciais para uma compreensão completa dessa relação. A colaboração entre profissionais de saúde, pesquisadores e a conscientização da população desempenham um papel crucial na abordagem dos desafios auditivos associados à COVID-19.
Consulte um especialista e cuide da sua audição. Zumbido tem tratamento!